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Por quanto tempo o Facebook sobreviverá?

Até quando o gigante das redes sociais fará parte da vida virtual das pessoas?

Recentemente, o Facebook abriu o seu capital para os investidores na bolsa de valores dos Estados Unidos. A oferta pública inicial, ou IPO, fez a empresa atingir incríveis 104 bilhões de dólares de valor de mercado. A euforia inicial fez muita gente se empolgar com a ideia, investindo fortunas nos papéis da rede social.




A euforia, no entanto, durou pouco. Enquanto este artigo é escrito, a empresa já possui um valor estimado em apenas 48 bilhões. Ainda parece muito, mas é importante entender que em poucos meses o valor caiu pela metade. Para alguns especialistas do mercado financeiro, isso é normal, pois faz parte do processo. Sempre há euforia no início da oferta pública de ações. Esse otimismo exagerado é, aos poucos, substituído pelo equilíbrio, ou seja, os papéis iniciam lá em cima, caem e, em seguida, tendem a se estabilizar.
Mas o que isso tem a ver com o sucesso da rede social? O Facebook pode ter chegado a valer 104 bilhões de dólares, mas  a empresa não é exatamente a mais lucrativa de todas. Segundo informações disponibilizadas pela própria companhia, em 2011, o Facebook teve 3,7 bilhões de dólares em receita. Veja bem: receita, não lucros.
(Fonte da imagem: iStock)







Em dezembro do ano passado, a empresa tinha 845 milhões de usuários cadastrados. Vamos calcular a média para o ano todo em 700 milhões e dividir esse valor pela receita arrecadada. Chegamos ao valor de 5 dólares por ano, por pessoa. Se verificarmos que cerca de 15% da receita bruta vêm de apenas uma empresa, a desenvolvedora de games sociais Zynga, percebemos que o sistema é um pouco frágil.

O maior problema de todos: como fazer o Facebook render?

O sistema de publicidade do Facebook também não é muito rentável para a empresa. Poucas pessoas efetivamente clicam nos anúncios, fazendo com que ele seja muito menos lucrativo que o da Google, por exemplo. Esse aspecto fica ainda mais alarmante quando analisamos o fato de que a maioria dos usuários norte americanos já acessa a rede social somente pelos smartphones, ou seja, a possibilidade de visualização de anúncios nesses aparelhos é ainda menor.
O número de acessos do site ainda não é um problema. Recentemente, o Facebook conseguiu atingir a liderança em dois mercados importantes: Índia e Brasil. Em nosso país, a rede social de Mark Zuckerberg conseguiu tirar a liderança do Orkut angariando mais de 35 milhões de cadastros. Em teoria, ao menos a receita bruta da empresa estaria garantida.





O problema disso é o seguinte: o site tem quase 1 bilhão de perfis cadastrados, mas, destes, poucos consomem publicidade dentro do Facebook. Por mais que um grande número de empresas de todos os gêneros tenha se empolgado com o sucesso da rede social e criado campanhas por lá, a maioria dessas peças publicitárias é mal desenvolvida e não consegue atrair a atenção das pessoas o suficiente.
Recentemente, a General Motors, uma das maiores empresas do ramo automobilístico mundial, eliminou completamente de seu orçamento a publicidade com campanhas no Facebook. Se uma das maiores empresas do planeta simplesmente não se interessa em anunciar na principal rede social da atualidade, temos um problema.
O Facebook possui o que muitos analistas de mercado consideram uma verdadeira mina de ouro, que é o imenso volume de informações disponível em seu banco de dados, tudo depositado lá pelos próprios usuários do site. Esse recurso, segundo especialistas, pode assustar até mesmo a gigante Google. Mas apenas se a empresa souber como utilizar essa vantagem.
(Fonte da imagem: Tecmundo)






Segundo dados oficiais, apenas 1% dos usuários interagem com a publicidade desenvolvida pelas empresas no Facebook. Parece que a mina de ouro que é o volume de informações detido pela rede social não é tão interessante assim ou, pelo menos, ninguém aprendeu a aplicar esses dados de forma correta até hoje.
Logo, a empresa que capitalizou em cima de investidores, arrecadando bilhões de dólares, parece não estar fazendo um bom trabalho ao longo de seus quase dez anos de vida. O Facebook não dá prejuízo, muito longe disso. Mas, por outro lado, também não está trazendo o retorno esperado aos investidores. E isso, a médio e longo prazo, é muito ruim para qualquer empresa.
Para piorar a situação, mesmo cumprindo as expectativas de receita anunciadas na última quinta-feira (26), em sua primeira divulgação de resultados trimestrais, a companhia falhou ao deixar de tranquilizar os seus investidores, não apresentando projetos claros a respeito de suas ações futuras.


Fonte(TecMundo)

 

 

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